BOAS VINDAS


Este é um blogue modesto mas, com ele, pretendo homenagear personagens e ideais que me fascinam




sexta-feira, 25 de junho de 2010

NOITE DE S. JOÃO

Este ano passei a noite de S. João em casa juntamente com os familiares mais próximos.
Foi bom e divertido. Comemos as velhas sardinhas assadas, os pimentos, o caldo verde, bebemos sangria e confraternizamos, o que também é muito importante.
Sempre gostei desta Festa Popular, mas a disposição para nos misturarmos com a multidão vai diminuindo, por isso resolvemos ficar por casa embora eu sempre tenha afirmado, com muita convicção, que o S. João é na rua.
Foi mesmo bom.
Encontrei, no youtube,este texto que achei interessante e, por isso, o transcrevo através da ligação que se segue.

http://amen.no.sapo.pt/S.Joao%20do%20Porto.htm

sexta-feira, 18 de junho de 2010

JOSÉ SARAMAGO


Bruscamente surge a notícia da morte de JOSÉ SARAMAGO.

Ao nosso grande PRÉMIO NOBEL quero aqui deixar expressas a minha admiração e a minha sentida saudade.

Uma frase de SARAMAGO "Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar." Acho-a magnífica porque me sugere amor e solidariedade, num mundo profundamente individualista e corrupto.

terça-feira, 15 de junho de 2010

LIBERDADE


Pensando no dia 19 e por não poder estar presente na manifestação do Porto

devido à Festa de Fim de Ano Lectivo da UPP (Universidade Popular do Porto) onde,felizmente,

a Liberdade e ABRIL também são comemorados,deixo aqui este magnífico

poema de Armindo Rodrigues.




Liberdade

Ser livre é querer ir e ter um rumo
e ir sem medo,
mesmo que sejam vãos os passos.

É pensar e logo
transformar o fumo

do pensamento em braços.
É não ter pão nem vinho,
só ver portas fechadas e pessoas hostis
e arrancar teimosamente do caminho
sonhos de sol
com fúrias de raiz.

É estar atado, amordaçado, em sangue, exausto
e, mesmo assim,
só de pensar gritar
gritar
e só de pensar ir
ir e chegar ao fim.


Armindo Rodrigues

quinta-feira, 3 de junho de 2010

ROSA COUTINHO


Rosa Coutinho, militar de Abril, grande patriota e revolucionário.

Esta imagem representa a modesta mas sentida homenagem da amiga que nunca conheceste.

domingo, 30 de maio de 2010

E A LUTA CONTINUARÁ




Estou emocionada e começo a confiar mais no acordar do Povo Trabalhador.
Tenho participado em muitas acções de protesto, mas nunca senti tanto a intensidade da luta como na manifestação de 29 de Maio. Tanta força, tanta revolta, tanta determinação e consciência fazem-nos acreditar que, de agora em diante, a voz dos trabalhadores nunca mais deixará de ser ouvida mesmo que seja necessário recorrer a qualquer outra forma de luta apoiada pela nossa Constituição de 1976. que já foi considerada a mais progressiva do Mundo.
Com esta Manifestação sentiu-se a força do Povo Tabalhador.
Sem se respeitar o Trabalho,seja ele de que tipo for, não se pode governar uma Nação e construir um futuro, em todas as suas vertentes que fundamentalmente deverão incluir o
Pão, a Paz, a Saúde, a Habitação e a Instrução.

"Levanta-te meu Povo não é tarde
Agora é que o mar canta e o Sol arde
E o Povo quando acorda é sempre cedo"

Assim diz o Poeta e assim acontecerá.

Deixo um video sobre a Manifestação onde poderemos ouvir as palavvras do camarada Jerónimo que tão bem exprimem o significado desta grandiosa luta de protesto, revolta e reivindicação.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

29 DE MAIO

Apenas um poema de Joaquim Namorado que nos remete
para a manifestação de amanhã dia 29 de MAIO.

PORT WINE

O Douro é um rio de vinho
que tem a foz em Liverpool e em Londres
e em Nova-York e no Rio e em Buenos Aires:
quando chega ao mar vai nos navios,
cria seus lodos em garrafeiras velhas,
desemboca nos clubes e nos bars.

O Douro é um rio de barcos
onde remam os barqueiros suas desgraças,
primeiro se afundam em terra as suas vidas
que no rio se afundam as barcaças.

Nas sobremesas finas, as garrafas
assemelham cristais cheios de rubis,
em Cape-Town, em Sidney, em Paris,
tem um sabor generoso e fino
o sangue que dos cais exportamos em barris.
As margens do Douro são penedos
fecundados de sangue e amarguras
onde cava o meu povo as vinhas
como quem abre as próprias sepulturas:
nos entrepostos dos cais, em armazéns,
comerciantes trocam por esterlino
o vinho que é o sangue dos seus corpos,
moeda pobre que são os seus destinos.
Em Londres os lords e em Paris os snobs,
no Cabo e no Rio os fazendeiros ricos
acham no Porto um sabor divino,
mas a nós só nos sabe, só nos sabe,
à tristeza infinita de um destino.

O rio Douro é um rio de sangue,
por onde o sangue do meu povo corre.
Meu povo, liberta-te, liberta-te!,
Liberta-te, meu povo! – ou morre